quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Impending Doom

I sense impending doom
reaching all of us,
even me and you.

I can hear it coming soon,
sudden in a rush,
crushing the fool.

Even crushing every room
of a selfish world
hanging on a string.

Dark wave from the moon
won't give a word,
you won't feel a thing.

There's no futher notice.
There's nothing to fear.
Because the human race,
is fated to disappear.

Say to me "good riddance,
none shall pass".
Since we have no chance,
I only say "alas".

At last.

--

Para aqueles que, diferente de mim, acreditam que o fim do mundo ocorrerá em 21/12/2012.

Explicação sobre inspiração

Vou explicar um pouco, assim...
Quando escrevo há um pouco de tudo, há um pouco de mim.

Nem sempre sou eu falando,
às vezes é minha imaginação, às vezes é alguém sussurrando.

Não tenho um controle,
acontece mais rápido que eu possa dizer algo como "prole".

Palavras saltam na minha mente,
Me tomam de assalto, e me vejo escrevendo algo de repente.

Eu sou tudo que está na poesia
e também não sou mais. Sou uma inconstante, ambulante afasia.

São ensaios de meus alter-egos,
que nada tem de conteúdo e se mostram um tanto cegos.

Não sei nada deles, nem os nomes,
só sei que eles brotam, crescem, e talvez usem pronomes.

Sou atormentado pela criatividade?
Sou perturbado por espíritos? Tenho inspiração e vontade?

Não sei, só sei que funciono assim.
E por tristeza ou felicidade, sei que essa loucura não tem fim.

Estou feliz na penumbra

Estou feliz na penumbra,
no canto escuro,
com os olhos cerrados.

Onde nada vejo.
Onde há apenas desejo.
Onde ouço seu bocejo.
Onde recebo seu beijo.

A música me salva.
A poesia me salva.
O amor me salva.
Todos lavam minha alma.

Não quero ouvir problemas,
apenas o som dos discos,
o som dos instrumentos.

Estou feliz onde ninguém me vê.
Onde só eu estou presente,
além de você.

A sua voz é música.
O seu corpo é música.
Você é música.

E é tudo que quero ouvir.
Tudo que quero sentir.

Um pedido

Estou cheio de ter que agradar todo mundo,
prefiro estar enterrado em um buraco fundo.

Mas todo mundo quer arrancar algo de mim,
parece que as exigências nem sequer tem fim.

Ninguém percebe que eu peço coisa nenhuma.
Não exijo, não preciso de nada, coisa alguma.

A família não entende, os amigos muito menos.
Parece que é melhor me isolar, sem dar acenos.

É muito fácil falar de mim sem olhar seu umbigo,
é muito fácil tratar comigo como seu inimigo.

É muito fácil pedir, eu faço sem sequer reclamar,
e querem minha companhia, e sempre estou lá.

Mas me ouvir, me levar em consideração,
parece um martírio sem perdão.

Fazer algo que eu peço parece um esforço,
isso faz me sentir um completo estorvo.

Por favor, não me dirijam a palavra,
nunca mais.
Ficarei com minha música, minha safra
e nada mais.

Soneto da realização de porra nenhuma

Eu odeio me sentir forçado,
parece que tudo na minha vida
acontece contra minha vontade.
É o triste retrato da existência.

Gostaria de ter me realizado,
mas sou um fracasso em dívida
com a minha triste realidade.
Uma falha, eterna penitência.

Como pude deixar acontecer?
Tantas coisas me sufocam
nem preciso de suicídio para morrer.

Me deixem, em paz, desaparecer.
Quero que todos se fodam.
Me deixem sozinho, quero viver.

Viver é sofrer

Necessito da solidão,
como necessito do ar.

De tempos em tempos
penso em como acabar
                                   com tudo isso
                                   com minha vida
                                   com meu sufoco
                         na existência
                                   divina
                                   amaldiçoada
                                   indiferente.

Eu não entendo como posso gostar
de sofrer e de ficar sozinho,
mas gosto, sempre gostei da dor,
só um pouquinho.

Não sei como posso aturar
o mundo no meu caminho,
mas gosto de percorrê-lo só
e um tanto perdido.

Se eu não tivesse amor,
seria tudo mais fácil,
nunca seria dócil
nem mesmo teria dor.

Por que viver me traz mais dor?
Por que viver me faz sofrer?

Talvez sozinho eu encontrasse
                                             conforto
                                             felicidade
                                             paz
                                             tranquilidade.

Gosto de estar só, não sei bem porquê,
mas gosto de ser assim.
Isto é tudo, e só.

Soneto deprimido

Eu erro. E quando erro, me desespero.
Meu desespero é parte desse enterro.
Meu erro é acreditar no que é efêmero
enquanto espero viver sem meu erro.

Este aferro emotivo é o que mais quero,
é meu mísero desejo. Sólido como ferro.
Então emperro, gosto do sofrer, é fero,
mas sincero, então por aqui eu encerro.

Uma observação: quanto mais machuco,
mais me sinto machucado. Meio maluco,
mas é como funciona esse meu coração.

Conheço o perdão. Perdôo até a morte,
não guardo o ódio, mas sofro sem sorte.
Não entendo a minha maldita depressão.