quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Esse cão ancião e brincalhão

Pensei que você fosse morrer,
e no meio de tanta dor
no meu peito,
pensei muito no que fazer...

Só me restou lhe escrever
até a hora do aviso
de fora
de que nada vai lhe acometer.

Você, que me mostrou amor
verdadeiro e nada cobrou
do companheiro
que sente sempre seu calor.

E aqui me pego chorando
de felicidade, sem tristeza,
de verdade,
por você estar andando,

e mesmo com setenta e sete anos,
pulando como criança,
brincando,
e me faz lembrar que, entre humanos,

você é mais humano que nós,
animais selvagens
e também boçais.
E mesmo com os olhos de foz,

sei que minhas lágrimas são
instintivas, não controlo,
estão vivas
como você, meu querido cão. :)

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Repito: Esse cãozinho, o Polo, é o ser mais humano que conheci nesse mundo cheio de animais selvagens que se dizem humanos.