sábado, 26 de dezembro de 2015

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Tragicomédia

Acordar antes de despertar,
correr ao invés de andar,
para chegar cedo
onde não se quer mais ir,
para ter a ilusão
de que o resto do tempo
poderá dedicar a si
sendo que isso não ocorrerá...
...pois não dá para comprar tempo,
ele voa com o vento...

...E ainda lhe pedem para sorrir,
mas numa vida assim, só resta chorar.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Lembranças

Lembranças
são pequenas
esperanças

de querer
sentir e ver,
ouvir e ser

parte daquilo
que já foi-se
com o tempo,

desde júbilo
à afiada foice
do frio vento.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Se despedir e prosseguir

Eu odeio despedidas!
Eu não quero sentir
uma saudade despida
que um dia há de vir,

e virá, nua, me seduzir
à agridoce melancolia,
que é saber do partir
de um amor, um dia.

Pois a falta é a sobra
do apego a me assolar,
que sempre vem e cobra,
não para de atormentar,

enquanto respiro o ar
que, rarefeito, acalma
todo esse grande pesar
que me afunda a alma.

Essa saudade é egoísta
pois só quem fica, sente,
no rol não mais se alista
quando é o fim da gente.

Não estou lhe vetando
tal triste sentimento,
só que, vez em quando,
penso, enquanto sinto:

"tudo tem seu momento,
e até o pesar
tem que passar..."

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

À sua LINDA opinião

Sim, é muito triste
perder esperanças
no punho em riste
de gordas panças
de um povo cativo
do couro obsessivo

de um facínora
e seus cães
sem focinheiras.

Que me critique
pela minha posição
política, mas explique
a todos sua versão,
seu apoio com ardor,
a dar jovens a dor,

por um facínora
e seus cães
sem focinheiras,

que levantam tonfas
e atiram mais e mais bombas
fora das trincheiras urbanas,
em plena via pública.


Então faço o desafio:

Explique sem soar ridículo
ou fascista de outro século,
como apoia atitudes insanas
de uma guarda nada pudica.

Defenda o seu facínora favorito
e, na conversa, estará frito,
ao tentar argumentar
com todos e comigo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Espaço

Meu espaço
é só um espaço
onde faço,
refaço,
desfaço e,
num passo,
fuço
sem recurso
ou curso
os recônditos
que permeiam
e, aqui, ceiam
e ceifam
sentimentos
escondidos
dentro do ser
a se esquecer.