Me disseram que falto com técnica,
que não me comunico no que escrevo,
que não sei escrever.
Não me preocupei com dita estética,
muito menos com o leitor como servo
que venha a me ler.
Apenas pus para fora o que queria sair
andando com seus pés de poemas tortos.
Apenas escrevi o que senti, como vizir
de meu âmago ácrata que aqui exorto.
Quem me avaliou, o fez por ego,
enquanto sangro sentimentos cegos.
Avaliar um poema e não senti-lo
talvez seja a pior maneira de lê-lo.