terça-feira, 22 de novembro de 2016

Vilipendiado

Como se fosse atacado,
o leviatã com asia
faz sua demolição
deixando a casa vazia
para a população
de sangue trabalhador desavisado,
desabrigado e esquecido.
E o comodismo tem sido
nossa maior praga
na atual realidade
que não se apaga
com a luz da verdade,
no escuro também ataca
o trabalhador já desvalido.
Se praguejar e manisfestar
resolvessem de imediato
o gás que se exala no ar,
não teríamos lacrimejantes
surrados e violentados em atos
desse ideial de paz
que queremos garantir.
A democracia é um ás
de baralho neste jogo vil,
este carteado de azar
que insistimos em jogar,
ao invés de virar a mesa.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Abstinência

Todo período em que paro
com meus vícios
percebo resquícios
de problemas tão raros
que, há muito, são esquecidos.

Sei que me cobram caro
e ouço aos suplícios
de um automartírio
querido, mas indesejado,
nos tempos sabidos finitos.

Me dizem para me deixar,
inconsequentemente,
aliviar o que assola a mente.
Será que sei ainda me levar?

...ou devo continuar abstinente?

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Subversivo?

Quando vier a censura,
não diga que não avisei
pois agora chegou a vez
do silêncio que perdura

até uma segunda ordem
da alta patente censora,
o que virá fora de hora,
atrasada aos que sofrem,

como nós, que tentamos
escr...r, f...r, vi..r e s...ev...r.
num cons...o de que os ramos
são espinhos a nos cortar,

fazendo s...r.r a pa....a
em s.nt...o inc.mpl...