sábado, 31 de dezembro de 2011

O que você vai fazer essa noite?

Com essa chuva lá fora,
a preguiça me atiça
a ficar com você na cama.
Assistir filmes, comer doce
enquanto você me ama.

Com essa chuva lá fora,
a gente se enamora,
se beija e eu te amo.
Depois que você descança,
para outra te chamo.

Tchau 2011, Feliz 2012!!!

Acabou 2011 e começa 2012, e o futuro? É dose... Uma lordose também, é a metamorfose humana, velhice insana e fodidamente cruel, a cerva não é mais mel, mas sim um fel, ainda saboroso, mas ainda assim, perigoso. Enfim, acredita que fui muito cabeça dura esse ano? Falei palavras de cunho profano, foda... Mas é camelando que vamos sustentando nosso corpo nesse maldito inconforto. Nesse país mil, pátria amada Brasil, graças aos céus. Sabe como é, adoro o clima inferno tropical. Calma, calma, também temos inverno. É o calor, o amor, combinam, e até rimam bem, só sabe quem tem, é do só ser humano. E sempre tem essa chuva de fim de ano, é para lavar a alma e jogar fora tudo que é desaforo, daqueles completamente desnecessários, e perfeitamente fora de horário, mas relevamos, conversamos e errei, não sozinho, mas eu sei, mea culpa, peço desculpas, vou tocando a vida, essa bronca será resolvida, um dia, uma semana, um ano, um dia. Vou prezar com calma pelo (m)seu futuro. Tive coisas boas, tudo no ouvido ressoa e por fim, ainda ecoa na minha imaginação, doce relação (obrigado, por isso me considero abençoado, te amo). Vi vários concertos, a maioria, fodas. Teve um certo que não valeu uma soda. E teve um dos meus favoritos, dois dias seguidos. Teve paz interior, teve amor, teve música para todo lado, nesse ano que já é passado! E terá no ano que vem, é algo que me faz bem. Eu quero que ano que vem sejamos todos felizes, nada de atores e atrizes, lavemos, falemos e comemoremos. Meu time volta para a Libertadores, sei que vou sofrer horrores, como sofri no Brasileirão cheio de emoção, tinha até Vascão! Vai Timão! Que o mundo esteja mais atento ao que faz a si mesmo, Que nós estejamos mais atentos ao que fazemos à nós mesmos. Não tenho inimigos, tenho meus amigos (e toda a família) e estamos no mesmo barco, eu sei, a viagem vai ser um saco, mas a vida é só essa, então façamos dela uma festa!!!


Cya next year! :)

See you later alligator
After 'while crocodile

Cinza

Cinza é a cor que permeia em minha vida;
é a cor de uma camiseta meio que fudida,
é a cor do pó que se acumula no mundo
dando noção de que tudo está imundo;
é a cor que, abrilhantada, vira a bela prata,
que a nossa atarefada vida não dá de graça;
é o que me faz lembrar que preto e branco
é cegueira que nos atingem com um tranco;
é a cor que cobre inteiro este computador,
é a cor do céu que anuncia chuva e horror.
Cinza é o ponto certo entre "bem" e "mal".
É a cor do meu estado de espírito atual.
Se espera que eu vá mudar o meu estado
Aconselho que espere, ali, bem sentado.
Cinza não é apática é nostalgia fantástica.
De todas as cores, é a cor mais prática.
Eu sou um morto-vivo sem sequer emoção,
sem um pingo de noção e sequer orientação.
Desprovido de raciocínio é razão.
Cansei desse sermão.
Que o cinza da indiferença não atinja você.

Chuva, uva e curva² - Haikai experimental 1

Maldita Chuva,
ela não quer me deixar
fazer a Curva.

Caroço da uva,
tão azedo que língua
fica até curva.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Clima Tedioso

Frio é o vento,
quente é o vento,
e a indecisão
desse clima
vem de supetão,
pisando em cima.

Veste a blusa,
tira a blusa,
como no sexo,
no entra e sai,
de um nexo
primal, vem e vai.

Abre o céu,
fecha o céu,
e eu me fecho
para me abrir
no desfecho
que virá a seguir.

Chegam as nuvens,
passam as nuvens,
e o tempo voa
enquanto descrevo,
um tanto à toa,
o que observo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ego efêmero

Normalmente não me manifesto sobre tal assunto,
pois é apenas uma pequena parte de um conjunto,
chamado por aí, pelo povo, de curso da vida,
onde a maioria de nós gosta de cultivar feridas.

Tudo o que nos foi dito sobre moral e princípios
são, na mais pura essência, variadas informações
ditas por vários meios e baseadas em opiniões
infindáveis que preenchem qualquer precipício.

A maneira como nos ensinam é até que superficial,
pois deixam com que a vida nos mostre, afinal,
esse aprendizado, onde relacionamentos e ética
são, junto do ego, as raízes dessa problemática.

Mas o ego é um fator que complica a equação,
ele desequilibra qualquer parte da frágil relação
entre as pessoas envolvidas. Ele quer ter a razão.
Quer vencer toda e qualquer tipo de discussão.

É até um grande erro achar que estamos certos,
a todo momento; não é uma atitude de "espertos".
A concepção do que é certo e errado no mundo
vem da nossa criação, não tem nada de profundo.

A única parte que consideramos é a nossa ética,
pois esta é essencial para a nossa sobrevivência,
assim como é primordial para a nossa convivência.
Assim como um poema, a vida tem uma métrica.

Pode ser regular, irregular, mas de que vale pensar
apenas no próprio umbigo, sem sequer aceitar
que existem opiniões e valores diferentes por aí?
O meu ego não é inflado, se não gosta, e daí?

Eu sei que cometo erros, procuro corrigi-los
ao longo dessa caminhada longa e, também, curta.
O poema não é sobre você e os grandes giros
do mundo ao seu redor. Sábio é quem escuta.

De falar, todo mundo possui plena capacidade,
mas para escutar, parece que leva uma eternidade
para aprender. Que o egocentrismo seja ameno.
E que possamos viver, sem problemas, pelo menos.

--

É apenas um sentimento, se ajudar alguém, fico feliz. Pelo menos serve para mim.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A sorte dele é nossa também.

Ele não está morto, enterrado, sepultado.
Não está, por sorte. Dessa vez fugiu da morte.
Apenas os braços estão imobilizados,
e sofreu alguns arranhões, nenhum corte.

Tentei falar com ele, mas não atendia,
dava caixa-postal e eu sequer sabia
do que lhe aconteceu no dia anterior.

Nos falamos um pouco antes do ato,
e podia ter sido a última vez de fato.
Agora está  lá deitado sentindo dor.

Embora o receio de que vá se matar
naquela motocicleta ainda permeia
os pensamentos de quem o rodeia,
temos fé de que ele vai se recuperar.

O óleo na pista... Para nunca esquecer
que por um segundo, é tão fácil morrer.

A sua sorte, ainda bem, é nossa também.
E poderemos, de novo, ter você conosco,
estampando sorrisos nos nossos rostos.
Coisa que só você faz, e mais ninguém.

--

Se recupere logo meu amigo, um dos poucos irmãos que tenho fora da família.
Se um dia ler esse poema, espero que entenda que você é importante para todos nós.