quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A sorte dele é nossa também.

Ele não está morto, enterrado, sepultado.
Não está, por sorte. Dessa vez fugiu da morte.
Apenas os braços estão imobilizados,
e sofreu alguns arranhões, nenhum corte.

Tentei falar com ele, mas não atendia,
dava caixa-postal e eu sequer sabia
do que lhe aconteceu no dia anterior.

Nos falamos um pouco antes do ato,
e podia ter sido a última vez de fato.
Agora está  lá deitado sentindo dor.

Embora o receio de que vá se matar
naquela motocicleta ainda permeia
os pensamentos de quem o rodeia,
temos fé de que ele vai se recuperar.

O óleo na pista... Para nunca esquecer
que por um segundo, é tão fácil morrer.

A sua sorte, ainda bem, é nossa também.
E poderemos, de novo, ter você conosco,
estampando sorrisos nos nossos rostos.
Coisa que só você faz, e mais ninguém.

--

Se recupere logo meu amigo, um dos poucos irmãos que tenho fora da família.
Se um dia ler esse poema, espero que entenda que você é importante para todos nós.

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