sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ego efêmero

Normalmente não me manifesto sobre tal assunto,
pois é apenas uma pequena parte de um conjunto,
chamado por aí, pelo povo, de curso da vida,
onde a maioria de nós gosta de cultivar feridas.

Tudo o que nos foi dito sobre moral e princípios
são, na mais pura essência, variadas informações
ditas por vários meios e baseadas em opiniões
infindáveis que preenchem qualquer precipício.

A maneira como nos ensinam é até que superficial,
pois deixam com que a vida nos mostre, afinal,
esse aprendizado, onde relacionamentos e ética
são, junto do ego, as raízes dessa problemática.

Mas o ego é um fator que complica a equação,
ele desequilibra qualquer parte da frágil relação
entre as pessoas envolvidas. Ele quer ter a razão.
Quer vencer toda e qualquer tipo de discussão.

É até um grande erro achar que estamos certos,
a todo momento; não é uma atitude de "espertos".
A concepção do que é certo e errado no mundo
vem da nossa criação, não tem nada de profundo.

A única parte que consideramos é a nossa ética,
pois esta é essencial para a nossa sobrevivência,
assim como é primordial para a nossa convivência.
Assim como um poema, a vida tem uma métrica.

Pode ser regular, irregular, mas de que vale pensar
apenas no próprio umbigo, sem sequer aceitar
que existem opiniões e valores diferentes por aí?
O meu ego não é inflado, se não gosta, e daí?

Eu sei que cometo erros, procuro corrigi-los
ao longo dessa caminhada longa e, também, curta.
O poema não é sobre você e os grandes giros
do mundo ao seu redor. Sábio é quem escuta.

De falar, todo mundo possui plena capacidade,
mas para escutar, parece que leva uma eternidade
para aprender. Que o egocentrismo seja ameno.
E que possamos viver, sem problemas, pelo menos.

--

É apenas um sentimento, se ajudar alguém, fico feliz. Pelo menos serve para mim.

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