...porque ler a si mesmo é de matar.
terça-feira, 29 de outubro de 2024
quarta-feira, 23 de outubro de 2024
Quando um poeta se vai...
Não é só em Mangueira.
Não.
Em todo lugar choram
quando poetas morrem.
O poeta é o amigo
que todos querem ter
mesmo sem disso saber
por dentro, ali consigo.
É quem enxerga e traça
versos e caminhos,
palavras e pergaminhos
de história que faça
de nós parte dele
e ele parte nossa.
O poeta é o fio condutor
da eletricidade humana
que é a canção,
da humanidade
a maior invenção.
Por isso, na sua partida, tiramos o chapéu,
e choramos em qualquer lugar.
-
Obrigado, Antonio Cicero.
Um Motivo
O real dilema filosófico
acima de qualquer outro problema físico
é, talvez, a decisão de maior coragem
ou covardia, dependendo do motivo
que leve a cabo a vida.
Pela dignidade é pura bravesa,
e covardia é pela estranheza
e fuga de tamanha incerteza
que o futuro nos traz.
Quem julga qual é qual
nunca fará idéia de quão
filosófico é dilema tal
que, nos entões do então,
leva ou não a vida ao final.
-
Homenagem ao Antonio Cicero (1945 - 2024).
sexta-feira, 13 de setembro de 2024
Toques
quinta-feira, 25 de julho de 2024
Chora o céu
Toda partida
é um ponto de chegada
toda largada
também tem seu fim
Curto ou longo
o tempo se molda
e o final no ponto
não é tão fim assim.
E Chora o céu
chove na rua
e nós aqui sem te esquecer.
Cai o véu
brilha a lua
e a saudade é o amor por você.
O nascimento
é o oposto da morte,
duas passagens
sem princípio ou fim.
São dois momentos,
sem azar ou sorte,
e a vida
acontece em você
e em mim.
E cai o céu
chora a rua
e o mundo segue a sobreviver;
a lua ao léu,
linda, flutua
e o sol espera por você.
--
Para Heitor Leão Gennari (22/01/2024).