terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Enquanto ainda escrevo

Enquanto escrevo, recebo o seu beijo,
Cada toque da sua mão no meu rosto,
Seu lábio entra-aberto e seu gosto,
Nossa respiração, seu olhar benfazejo.

Cada letra minha escrita na suas costas.
Cada caminho rodado e abraço dado.
Na estrada as suas curvas ao lado,
O seu par de pernas e coxas sobrepostas.

As voltas feitas a caneta e seus cabelos
Castanhos suspensos, perdidos em meios
Se molham ao suor quente de seus seios,
Revelam cada palavra dos nossos desejos.

O seu corpo contra o meu, o nosso trevo.
Mais noites de amor, da cama ao chão,
Dos pés à cabeça, às costas, minha mão.
No seu pescoço deixo marcas e ainda escrevo.

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Escrevi fazem uns meses, mudei umas palavras para não ficar agressivo.

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