sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Karma ruim

Passou o Carnaval, e agora, para a maioria, o ano de 2010 realmente começa. Os objetivos listados tem maior cobrança, as promessas, que teimam em ficar da boca para fora, tem maior significado e as mudanças ocorrem sem serem notadas de imediato, pequenas metamorfoses diárias, envelhecimento, amadurecimento, novas idéias, novos sonhos. Só que uma coisa não mudou, o problema que me arranca o sono, que me faz perder a respiração, que me machuca sem me fazer entender o seu significado, me faz suar de noite e acordar em desespero e com falta de ar, por que continuo sonhando com você? Por que você gosta de me atormentar e esmagar cada pedaço da minha memória só para ganhar mais espaço nas minhas lembranças? Por que me fala coisas nesses sonhos que nunca nem sequer conversamos?
Depois de dez anos voltamos a nos falar, mas por pouco tempo, depois sumiu, desapareceu para muitos, e eu continuei sem te entender, sem te conhecer direito.
Agora está ocupada com seu novo amor, o que é bom, mas porque diabos invade meus sonhos e me fala coisas que me remetem dez anos atrás, coisas que só estão na minha mente, coisas que são tão suas que eu não conseguiria sequer pensar, me critica, me cobra sem saber de certos fatos e mesmo assim ainda tem aquele olhar que me hipnotiza desde que a conheci. São só sonhos e eu não devia dar a mínima importância, mas a freqüência me perturba.
Acho que errei lá atrás quando tive a chance de ser uma pessoa melhor, e larguei isso para me tornar essa peça quebrada. E agora esse karma me persegue. Está na hora de resolver esse problema, seja na dor ou na alegria, preciso te falar algumas palavras.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Enquanto ainda escrevo

Enquanto escrevo, recebo o seu beijo,
Cada toque da sua mão no meu rosto,
Seu lábio entra-aberto e seu gosto,
Nossa respiração, seu olhar benfazejo.

Cada letra minha escrita na suas costas.
Cada caminho rodado e abraço dado.
Na estrada as suas curvas ao lado,
O seu par de pernas e coxas sobrepostas.

As voltas feitas a caneta e seus cabelos
Castanhos suspensos, perdidos em meios
Se molham ao suor quente de seus seios,
Revelam cada palavra dos nossos desejos.

O seu corpo contra o meu, o nosso trevo.
Mais noites de amor, da cama ao chão,
Dos pés à cabeça, às costas, minha mão.
No seu pescoço deixo marcas e ainda escrevo.

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Escrevi fazem uns meses, mudei umas palavras para não ficar agressivo.

Lhe pergunto

Enfim, o que te move?
Inércia?
Emoções?
Realidade?
Intervenções?
Malícia?
Mutações?

Garota, o que ama?
Homens?
Família?
Namorado?
Animais?
Marido?
Trabalho?

Triste, por que chora?
Separação?
Morte?
Solidão?
Falta de sorte?
Paixão?
Corte?

Faço tantas perguntas,
Mas é só para disfarçar.
Pegue todas elas juntas,
É melhor descartar.
Me sinto envergonhado,
Mas agora palavras faltam.
Então sobre só a verdade,
Com você fico à vontade.

Vamos passear?