Engraçado como pessoas fogem do sol
se escondendo atrás de longas cortinas
em salas iluminadas por luzes brancas
mais danosas que a luz do grande astro.
Contentam-se com paredes e ar viciado
mentindo à si mesmos que é mais limpo
que o ar de fora e que melhora o local
onde perdem cerca de 9 horas de vida
a cada 5 dias da semana, achando que
é pura liberdade estar preso num prédio
em que sem identificação não se entra
nem sai, assim como feito em uma prisão.
Somos escravos de um ambiente gerado
por uma filosofia que gera prisioneiros
do dinheiro.
Trabalho não é mais habilidade,
é um mal necessário.
Trabalho deixou de ser sua capacidade
feita com amor.
Trabalho hoje em dia é serviço.
Servir alguém.
Servir.
Ser servo.
Ser subordinado.
E servir,
ao vil ser.
E viver sob suas malditas condições.
Eu ODEIO luz branca, artificial, como
o ar condicionado, manipulado, como
o prédio, prisão, como o dinheiro,
que limita a nossa vida e serve apenas
aos que mandam em nós.
Eu não suporto mais tanta burrocracia.
Eu não aguento mais falta de atitude.
Quebrei minha corrente, quebrei a estrutura
deste poema, versos atrás.
Eu apertei o foda-se.
Não gostou?
FODA-SE.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Conto do rei Canuto - Alegoria para incitar Anarquia
Sentado em seu trono, ao mar,
rei Canuto tentou ordenar
a ascensão da maré parar,
mas viu que mesmo um rei
não tem poder, sequer de lei,
para nas ondas do mar mandar.
"As revoluções das Idéias -
pensou - arrebentam suas teias
e fazem a sociedade mudar."
Viu que o reino não era seu
e, então, logo compreendeu
que não faz sentido governar,
pois qualquer autoridade
é fruto da pura maldade
que está fadada a falhar,
haja visto por essas ondas
que, do destino, são as pontas
de flechas prontas para matar.
Pois qualquer insurreição
deriva da simples situação
do "mais fraco" se revoltar
ao ver que, acima, tem alguém
que, também ao outrem,
consegue, sempre, controlar.
Ao tentar controlar a maré,
percebeu que nem a sua fé
iria protegê-lo de se molhar.
"Se nascemos todos iguais,
somos livres e, nunca, jamais
devemos nos ajoelhar."
Mas como só ele entendia,
aos perigosos nada falaria
e continuaria, por fim, a reinar...
E assim continuou a história,
revirando na nossa memória,
com coceira para revolucionar...
...Talvez um singelo e lindo dia
o povo entenderá essa hipocrisia
e verá que dela deve se libertar.
--
Sim, todas as rimas foram intencionais, até no título.
Segue a charge de John Power abaixo para risos posteriores:
Retirada do site www.cartoonstock.com
rei Canuto tentou ordenar
a ascensão da maré parar,
mas viu que mesmo um rei
não tem poder, sequer de lei,
para nas ondas do mar mandar.
"As revoluções das Idéias -
pensou - arrebentam suas teias
e fazem a sociedade mudar."
Viu que o reino não era seu
e, então, logo compreendeu
que não faz sentido governar,
pois qualquer autoridade
é fruto da pura maldade
que está fadada a falhar,
haja visto por essas ondas
que, do destino, são as pontas
de flechas prontas para matar.
Pois qualquer insurreição
deriva da simples situação
do "mais fraco" se revoltar
ao ver que, acima, tem alguém
que, também ao outrem,
consegue, sempre, controlar.
Ao tentar controlar a maré,
percebeu que nem a sua fé
iria protegê-lo de se molhar.
"Se nascemos todos iguais,
somos livres e, nunca, jamais
devemos nos ajoelhar."
Mas como só ele entendia,
aos perigosos nada falaria
e continuaria, por fim, a reinar...
E assim continuou a história,
revirando na nossa memória,
com coceira para revolucionar...
...Talvez um singelo e lindo dia
o povo entenderá essa hipocrisia
e verá que dela deve se libertar.
--
Sim, todas as rimas foram intencionais, até no título.
Segue a charge de John Power abaixo para risos posteriores:
Retirada do site www.cartoonstock.com
Assinar:
Postagens (Atom)