sábado, 16 de fevereiro de 2013

Exílio em solidão

Assim começa meu exílio,
expulso de sua casa por preconceito.

Se o mundo é minha casa, meu lugar,
onde ninguém pode me mandar
porque devo viver sob um conceito?

Viver assim é um martírio.

Não nasci para agradar, mas para viver
minha vida e somente isso posso fazer.

Viver da maneira que eu queira
e não como você espera.

Mas de repente estou só
nesse mundo imensamente povoado.

Sou uma antítese ambulante
e o mundo ideal parece distante
enquanto ando desorientado.

É isso mesmo, ando sozinho.

De repente a paz de espírito me invade,
não acabando com a dor, mas acalmando
um pouco meu coração machucado
e impedindo que ele se mate,
se espalhando como pó.

É como me sinto. E o vento não ajuda
pois fico cada vez mais espalhado
e um tanto quanto perdido.

E andando acho, quieta e muda,
a solidão no meu caminho,
e a sofridão de cada um que perdeu
qualquer chance de compreensão
e um mínimo de compaixão,
e agora pensam na vida, como eu.

Não tenho nada que é meu,
e não quero nada de outras pessoas,
exceto que aceitem quem sou.

Se não funcionar, me vou
para onde minha mente ressoa.

O que me sobrou senão eu?

A solidão, que nunca me abandonou.

Poderia dizer que, juntos, somos dois,
mas estaria mentindo pois
entendo que a solidão sou eu.

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