quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Marcas do tempo

Acorda cedo para cumprir seu papel,
mas o medo lhe molha como chuva
quando algo olha e faz com que suba,
sem perigo, pelo elevador até o céu.

As nuvens carregadas de seu humor
não sentem seus próprios trovões,
soltam raios; o exército dispara canhões
e o cavalo baio carrega a sorte onde for.

Uma alegoria dessas descreve o tempo
que, na alegria ou tristeza, morre e revive
enquanto dele ainda não estamos livres,
pois até beleza ele leva com o vento.

Não adianta correr para se adiantar
enquanto anda contra sua curta vida,
suicídio é o sacrifício que gera ferida
aberta que lhe mente ao se cicatrizar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário