Me encanta o corpo feminino
e me encanta o corpo masculino.
Quando ambos se encaixam,
se movem como um mecanismo
que gera calor e nos deixam
um tanto cheios de um cinismo...
...Que na verdade é inveja.
E você sabe que é, pois veja:
Você está lendo esse poema,
mas pensa que queria, mesmo,
é estar num grande problema
mecânico, assim, até o orgasmo.
...E funciona para pares iguais:
afinal todos querem felizes finais.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Instinto livre
Meus seios arfam
quando o ouço
recitar palavras...
como elas tomam
a água do poço
e das lavras
de meu corpo.
Ouvir, umedece
meus lábios,
treme os dedos
e algo acontece,
nem os sábios
sabem dos medos
do meu corpo.
Então a vejo ali,
também arfando,
ouvindo, salivando;
enquanto ouço aqui,
fico pensando:
me ter com ambos
seria demais?
Ele e ela e eu.
Seria algo ruim
fazer uso da vida
que alguém me deu,
para qualquer fim?
Essa vida vívida...
Não, jamais!
E se mais um vier?
Oras, livre é o amor
que é feito com ardor.
Que eu, ali, os tenha
e que a vida prenha
faça de si o que quiser.
quando o ouço
recitar palavras...
como elas tomam
a água do poço
e das lavras
de meu corpo.
Ouvir, umedece
meus lábios,
treme os dedos
e algo acontece,
nem os sábios
sabem dos medos
do meu corpo.
Então a vejo ali,
também arfando,
ouvindo, salivando;
enquanto ouço aqui,
fico pensando:
me ter com ambos
seria demais?
Ele e ela e eu.
Seria algo ruim
fazer uso da vida
que alguém me deu,
para qualquer fim?
Essa vida vívida...
Não, jamais!
E se mais um vier?
Oras, livre é o amor
que é feito com ardor.
Que eu, ali, os tenha
e que a vida prenha
faça de si o que quiser.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Para tentar ser imortal
Sim, queremos ser imortais,
mas todos temos prazo de validade
e passamos nossas vidas banais
satisfazendo nossas ditas necessidades
sem saber se vivemos para trabalhar
ou se trabalhamos para viver.
O tempo passa e vemos se perder
o aroma das plantas a desfolhar.
Vivemos a obsolescência programada:
num segundo vamos do tudo ao nada.
Este grande ciclo é só reciclagem
onde a natureza sente nossa passagem.
Para se imortalizar, o homem precisa
se fazer parte (não acima) da natureza
e entender que propagá-la ao perecer
é dar vida e viver num outro ser.
Talvez, só assim seremos imortais.
mas todos temos prazo de validade
e passamos nossas vidas banais
satisfazendo nossas ditas necessidades
sem saber se vivemos para trabalhar
ou se trabalhamos para viver.
O tempo passa e vemos se perder
o aroma das plantas a desfolhar.
Vivemos a obsolescência programada:
num segundo vamos do tudo ao nada.
Este grande ciclo é só reciclagem
onde a natureza sente nossa passagem.
Para se imortalizar, o homem precisa
se fazer parte (não acima) da natureza
e entender que propagá-la ao perecer
é dar vida e viver num outro ser.
Talvez, só assim seremos imortais.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Água Salgada
Essa coisa de pele dos amantes
é quente e molha, a todo instante,
de suor a roupa, como a chuva
que encharca do sapato às luvas,
da touca às meias, é um dilúvio
que causa um estranho repúdio
à outrem. Acho que é só inveja,
pois todos querem sentir a peleja,
o choque das ondas, água salgada
no mergulho d'um corpo que nada.
é quente e molha, a todo instante,
de suor a roupa, como a chuva
que encharca do sapato às luvas,
da touca às meias, é um dilúvio
que causa um estranho repúdio
à outrem. Acho que é só inveja,
pois todos querem sentir a peleja,
o choque das ondas, água salgada
no mergulho d'um corpo que nada.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Adeus Vagamundo
As veias ainda sangram,
jorram;
ver
da
desumana
decisão
ter
na
profana
vida
uma sina,
lida
e ensina.
Abertas, ainda sangram.
jorram;
ver
da
desumana
decisão
ter
na
profana
vida
uma sina,
lida
e ensina.
Abertas, ainda sangram.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Notícia ruim em 1º lugar
As péssimas notícias
me trocam as delícias
por fel e penúrias.
Difícil não sentir fúria
enquanto leio jornais
nos infernos matinais.
me trocam as delícias
por fel e penúrias.
Difícil não sentir fúria
enquanto leio jornais
nos infernos matinais.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Atirem!
"Atirem!"
Disse o comandante do pelotão
que sequer mostrou hesitação
ao pressionar o gatilho.
Atingiu, do solo, o filho,
com ideias de força,
coragem, e pátria.
Uma ideia, uma forca,
e pastagem ao pária.
"Atirem!"
Disse novamente o chefão,
sem ligar para onde vão
os atingidos,
mortos ou vivos.
Atirem-me num precipício
pois, nesse mundo hospício,
o significado de "sofrer"
virou sinônimo de "viver".
"Me atirem!"
Disse o comandante do pelotão
que sequer mostrou hesitação
ao pressionar o gatilho.
Atingiu, do solo, o filho,
com ideias de força,
coragem, e pátria.
Uma ideia, uma forca,
e pastagem ao pária.
"Atirem!"
Disse novamente o chefão,
sem ligar para onde vão
os atingidos,
mortos ou vivos.
Atirem-me num precipício
pois, nesse mundo hospício,
o significado de "sofrer"
virou sinônimo de "viver".
"Me atirem!"
quinta-feira, 2 de abril de 2015
POI3SIS V1TA
Sei que seria, sim, poesia:
(I) ato de sexo que nos cria
(II) fama da heroica fantasia
(III) gerar virtuosa sabedoria
É o desejo de ser imortal
que fazemos de razão poética,
e a poiesis da vida trivial
é o que temos como métrica.
Assinar:
Postagens (Atom)