Meus seios arfam
quando o ouço
recitar palavras...
como elas tomam
a água do poço
e das lavras
de meu corpo.
Ouvir, umedece
meus lábios,
treme os dedos
e algo acontece,
nem os sábios
sabem dos medos
do meu corpo.
Então a vejo ali,
também arfando,
ouvindo, salivando;
enquanto ouço aqui,
fico pensando:
me ter com ambos
seria demais?
Ele e ela e eu.
Seria algo ruim
fazer uso da vida
que alguém me deu,
para qualquer fim?
Essa vida vívida...
Não, jamais!
E se mais um vier?
Oras, livre é o amor
que é feito com ardor.
Que eu, ali, os tenha
e que a vida prenha
faça de si o que quiser.
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