terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Fantasia em veias

Me assusto quando me vejo
lidando com sua inexistência,
vagando, como se num brejo
estivesse perdido, paciência...

Paciência para toda ausência
que venha me deixar triste;
sei que a vontade, em essência,
é tudo no que aqui persiste,

cada pedaço de emoção e poesia
deste ser, que desata uma sangria
por não conseguir se justificar,

sangra paciente numa folha vazia
o sangue rubro de uma fantasia
de querer existir e desfrutar.

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