Me assusto quando me vejo
lidando com sua inexistência,
vagando, como se num brejo
estivesse perdido, paciência...
Paciência para toda ausência
que venha me deixar triste;
sei que a vontade, em essência,
é tudo no que aqui persiste,
cada pedaço de emoção e poesia
deste ser, que desata uma sangria
por não conseguir se justificar,
sangra paciente numa folha vazia
o sangue rubro de uma fantasia
de querer existir e desfrutar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário