sexta-feira, 6 de maio de 2016

Celeste...

...A tinta azul do céu
que falta à minha caneta,
sobra às massas de papel
formadas por nuvens alvas
moventes nas alturas
do firmamento.

Em meio às brancuras,
a ausência de som,
ali, se faz mais presente;
e a tinta abundante
escreve, até às escuras,
numa placidez inerente
ao teto carregado
de sentimentos nebulosos,
ora 'trovejosos',
ora leves e insinuantes.

À mim o céu se descreve
dessa maneira instigante,
com amores, dores,
sabores de outras vidas,
outros instantes...

...E é assim que (m)se descobre.