2018 diluviou
um ano escorrido,
como vinho envelhecido
que na mesa esparramou,
enquanto o céu chorou.
O choro é justo
neste mundo imundo
que bem lá no fundo
a chuva limpa tudo junto
a qualquer custo.
Ano de sangue e lágrimas,
suor e mil lástimas
que são lavadas
pela chuva que o diluviou.
Mas, se necessário, que chova...
...e chova mais, muito mais!
Que o céu chore tudo que há de chorar,
pois só jogando fora as mágoas
que se limpa por dentro.
Que o céu chova
e desse longo ano
e tire a sujeira de sua alcova.
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Inverno no Verão
Alguns chamariam de "inferno"
o calor todo que veio no verão...
...mas agora, pasmem, verão
em outra estação um inverno
que não condiz à data do ano
de fim dessa nossa primavera
e nos mostra, ao fim dessa era,
um clima que de si é profano.
o calor todo que veio no verão...
...mas agora, pasmem, verão
em outra estação um inverno
que não condiz à data do ano
de fim dessa nossa primavera
e nos mostra, ao fim dessa era,
um clima que de si é profano.
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
Uni(sub)verso
Não é um poema político
muito menos metafísico
ou mítico.
É fatídico,
um pensar que lhe replico
de rimas em versos rítmicos.
Não me digo seu amigo,
muito menos um perigo
maligno.
Mas é verídico,
meu pensar é um arrigo
subverso ao arrego contigo.
Então pense aqui comigo,
subversivo é o que te ligo
sobre abrigo
- e ainda brigo,
insisto - não és um inimigo,
lute ao meu lado, e ao teu fico.
Fraternidade é o nosso trigo,
o pão, o sal, o azeite, o figo,
um aviso
de um riso
duma irmandade sem umbigo,
tão grande é a vida de um amigo.
muito menos metafísico
ou mítico.
É fatídico,
um pensar que lhe replico
de rimas em versos rítmicos.
Não me digo seu amigo,
muito menos um perigo
maligno.
Mas é verídico,
meu pensar é um arrigo
subverso ao arrego contigo.
Então pense aqui comigo,
subversivo é o que te ligo
sobre abrigo
- e ainda brigo,
insisto - não és um inimigo,
lute ao meu lado, e ao teu fico.
Fraternidade é o nosso trigo,
o pão, o sal, o azeite, o figo,
um aviso
de um riso
duma irmandade sem umbigo,
tão grande é a vida de um amigo.
For(ç)(c)a
Eu amo cada pedacinho seu,
de corpo, mente e alma.
de corpo, mente e alma.
E você me acalma,
uma façanha um tanto difícil.
uma façanha um tanto difícil.
Eu amo te dar carinho e amor,
sinto que o faço
tal estrela no espaço
que brilha inevitavelmente seu calor.
sinto que o faço
tal estrela no espaço
que brilha inevitavelmente seu calor.
Eu sempre sinto sua falta,
e sozinho durante dias,
percebo que em sua ausência
a lembrança de ti é presença.
e sozinho durante dias,
percebo que em sua ausência
a lembrança de ti é presença.
E hoje eu não mais sei
o que se dará de nós,
nem sei o que vem após
só sei que estou atado a ti...
o que se dará de nós,
nem sei o que vem após
só sei que estou atado a ti...
...nesse nó
sem dó
sem dó
que me esgana a respiração
e me traz a exaltação
de quem, num ato
de luta
pela sobrevivência,
puxa todo o ar
para um fôlego
desesperado
e derradeiro...
...para sentir pulmões
cheios de ar após a forca
de força
de um sentimento.
e me traz a exaltação
de quem, num ato
de luta
pela sobrevivência,
puxa todo o ar
para um fôlego
desesperado
e derradeiro...
...para sentir pulmões
cheios de ar após a forca
de força
de um sentimento.
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