2018 diluviou
um ano escorrido,
como vinho envelhecido
que na mesa esparramou,
enquanto o céu chorou.
O choro é justo
neste mundo imundo
que bem lá no fundo
a chuva limpa tudo junto
a qualquer custo.
Ano de sangue e lágrimas,
suor e mil lástimas
que são lavadas
pela chuva que o diluviou.
Mas, se necessário, que chova...
...e chova mais, muito mais!
Que o céu chore tudo que há de chorar,
pois só jogando fora as mágoas
que se limpa por dentro.
Que o céu chova
e desse longo ano
e tire a sujeira de sua alcova.
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