Quente dia de verão, fervendo os cabelos
Mesmo com a aba do chapéu, está suada
De rabo de cavalo, a fita os revela negros
A face que era branca está rubra e molhada
As gotas escorrem devagar pelo seu pescoço
Tocam sua nuca enquanto procura a sombra
Sente o vento leve bater e refrescar o torso
Corre para um lugar onde do Sol se esconda
Vê um canto onde pode descansar as pernas
Nas costas semi-nuas, sente o toque dos cabelos
O vestido branco se apega às suas belas curvas
No decote sensual, seios acomodam os respingos
Ao sentar no banco, fica aliviada pela brisa
A árvore acima alivia o calor que a esquenta
Tira o chapéu, abana e desata o laço de fita
Deixa ao lado as sandálias, entre os pés venta
Deixa todos os meninos em volta ouriçados
Não sabe se comportar sem chamar atenção
Nem percebe que mesmo quente aos abafos
De alguma outra pessoa, ela rouba o coração
E naquela tarde, a menina de vestido branco
Assobia e confere as compras que fez na feira
Obras de artersões apaixonados em prantos
Pois dela só conseguem o dinheiro da carteira
Com fios longos soltos e franja, mal sabe o que faz
Feições de menina feliz, boca rosa que apaixona
Da cor do mar, os olhos hipnóticos passam paz
Está trazendo todos os sentimentos deles à tona
Diverte colocando seu novo colar, sente a corrente
Beleza jovial, eles querem cortejá-la, que tentem
Delicada ela responderá, doce, ambígua e inocente
Mesmo sem querer, consegue que todos a amem.
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Simples, estrutura ABAB, é o que o poema pede, nada de complicações, apenas a beleza da simplicidade de alguns momentos, de uma pessoa e de um sonho(isso mesmo!) durante um cochilo. Se não gostarem, culpem ela!
Eu não consigo... :)
PAZ!