Não importa se é noite ou dia, das chaminés saem os tufões
As fábricas não param, sacrificam todos os trabalhadores
Sem dó esticam a produção, obedecendo os seus consumidores
Controle de espólio, relação de amor e ódio
Essa São Paulo canibal, 24 por 7 visceral
Grandes químicas e metalúrgicas, chibatam e sangram o peão
Porcos podres e dinheiro vivo, ditam as leis desse mundo cão
Capitalismo selvagem agride, machuca mas não quer nos matar
Comprei minha nova moto, de trêm e metrô não quero mais andar
Carros e caminhões, as vias em manutenção
Um sai e mil chegam, só cresce a população
De que adiantam os seus bancos, seus centros empresariais
Se esquecemos comos ser civilazados, somos meros animais
Por mais triste que seja, nem damos por falta do céu azul
Para essas loucas cidades, que escrevo e dedico esse blues
Cidades dormitórios, almoços em refeitórios
Eu vivo nesse caos, ABC paulista industrial.
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Paz!
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