Em meio a esse tempo
que é meio
de um inteiro
mas não é Maio
de um ano,
é de alguém que amo.
Sei que uma história
é contada sem receio,
sem paródia,
quase uma fábula,
mas de duas pessoas
cuja metade a cada
pertence à toa
leve e solta
nunca pesada.
Uma parábola
aonde meio tende
ao infinito
ninguém entende
além de quem cito.
Juntos somos um só
e quem não é assim
sobra a dó,
pois o amor de nós dois
é sem fim,
nunca fica para depois.
Amor que dói
na ausência
e se cura
na presença
quando o meio
resta ao seio.
Só nós escrevemos
tal destino
que percorremos,
sem preocupação
com qualquer hino
ou nação.
Pois em casa
nossos corações
estão aninhados
juntos e quentes.
Essa quase fábula
que vivemos
é tão bela
e sempre recente.
É nosso meio que
tende ao infinito
por uma parábola;
é esse amor
por nós vivido
pelo mundo afora.
-
Para você, para nós dois. ;*
quarta-feira, 30 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Uma explicação sobre o perdão
Criança,
te ensino o que é perdão
de uma maneira fácil.
Com esperança,
nenhuma palavra será em vão
e a prática será hábil.
Perdoar
é, por qualquer coisa, não deixar
que ódio e rancor tomem
por assaltar
sua alma ao ponto de acabar
com o que por inteiro consomem.
Não é esquecer,
mas sim relevar que tal mal
foi-lhe feito e não há volta,
e compreender
que se vingar é tal qual
agir com o mal à solta.
Você suportaria este grande peso?
Carregar dentro de si algo ruim
pode te trazer um triste fim,
e sentir, por outros, desprezo
não te fará aparecer, nem crescer,
apenas fará sua vida apodrecer.
Por perdão,
entenda que é algo nobre,
deixar passar certas mágoas,
e talvez então,
uma gota de bondade lhe sobre,
e assim, o seu rio desagua.
E o ego
não pode ser exacerbado
neste processo de cura.
É um desapego
pelo orgulho exagerado
e assim torna a alma pura.
Num ensejo,
é poder, mesmo sem reconciliar,
seguindo cada um sua direção,
dizer sincero o desejo
de que o outro passe a vivenciar
uma boa vida, de coração.
Não é questão de mérito,
é apenas humanidade.
Quem ganha ou perde,
o que é justo ou injusto,
não tem vez no perdão;
apenas seja de bem no coração.
Entendeu?
te ensino o que é perdão
de uma maneira fácil.
Com esperança,
nenhuma palavra será em vão
e a prática será hábil.
Perdoar
é, por qualquer coisa, não deixar
que ódio e rancor tomem
por assaltar
sua alma ao ponto de acabar
com o que por inteiro consomem.
Não é esquecer,
mas sim relevar que tal mal
foi-lhe feito e não há volta,
e compreender
que se vingar é tal qual
agir com o mal à solta.
Você suportaria este grande peso?
Carregar dentro de si algo ruim
pode te trazer um triste fim,
e sentir, por outros, desprezo
não te fará aparecer, nem crescer,
apenas fará sua vida apodrecer.
Por perdão,
entenda que é algo nobre,
deixar passar certas mágoas,
e talvez então,
uma gota de bondade lhe sobre,
e assim, o seu rio desagua.
E o ego
não pode ser exacerbado
neste processo de cura.
É um desapego
pelo orgulho exagerado
e assim torna a alma pura.
Num ensejo,
é poder, mesmo sem reconciliar,
seguindo cada um sua direção,
dizer sincero o desejo
de que o outro passe a vivenciar
uma boa vida, de coração.
Não é questão de mérito,
é apenas humanidade.
Quem ganha ou perde,
o que é justo ou injusto,
não tem vez no perdão;
apenas seja de bem no coração.
Entendeu?
Seja Livre
Seja livre.
Seja livre no pensamento;
seja livre na sua vontade;
seja livre no firmamento;
seja livre na verdade.
Se alguém tentar lhe podar,
mostre-se livre de limite,
mesmo assim, alguém insiste;
jogue fora a maldade.
Ninguém pode te controlar,
nem lhe dizer o que fazer,
muito menos qualquer dever;
fique com a bondade.
Seja livre antes que seja tarde.
Seja livre de verdade.
Seja livre no pensamento;
seja livre na sua vontade;
seja livre no firmamento;
seja livre na verdade.
Se alguém tentar lhe podar,
mostre-se livre de limite,
mesmo assim, alguém insiste;
jogue fora a maldade.
Ninguém pode te controlar,
nem lhe dizer o que fazer,
muito menos qualquer dever;
fique com a bondade.
Seja livre antes que seja tarde.
Seja livre de verdade.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Sláinte!
E sobe ladeira
e desce ladeira
e sobe ladeira
e desce ladeira,
não que eu queira
fazer isso
nessa quinta-feira,
mas é necessário
no tal dia
de São Patrício,
e sigo na via
para encontrar,
sentados nas cadeiras,
todas de madeira,
meus amigos,
me chamando para brindar,
unidos
nessa festa cervejeira.
Nenhum barulho foi maior
que o nosso,
então posso
dizer que não conheço
quem teve festa melhor;
já era sexta-feira
quando resolvi voltar,
subindo ladeira,
descendo ladeira,
até minha casa,
depois da bebedeira.
Aos meus amigos,
irmãos perdidos,
bêbados unidos,
doidos varridos:
SAÚDE!
e desce ladeira
e sobe ladeira
e desce ladeira,
não que eu queira
fazer isso
nessa quinta-feira,
mas é necessário
no tal dia
de São Patrício,
e sigo na via
para encontrar,
sentados nas cadeiras,
todas de madeira,
meus amigos,
me chamando para brindar,
unidos
nessa festa cervejeira.
Nenhum barulho foi maior
que o nosso,
então posso
dizer que não conheço
quem teve festa melhor;
já era sexta-feira
quando resolvi voltar,
subindo ladeira,
descendo ladeira,
até minha casa,
depois da bebedeira.
Aos meus amigos,
irmãos perdidos,
bêbados unidos,
doidos varridos:
SAÚDE!
quinta-feira, 17 de março de 2011
Dilêma em solo de improviso
Metade direita sabe
que certa parte me cabe
tal capítulo da vida,
onde rasga-se, ferida.
Metade esquerda sente
asco de tal babaquice,
que indefinidamente
sem um sentido, agisse.
Excessos malditos assim
corrompem qualquer pobre ser
que não sabe qual é seu fim.
Reconheci meu controle
nas minhas mãos; no meu poder,
asseguro que se sole.
que certa parte me cabe
tal capítulo da vida,
onde rasga-se, ferida.
Metade esquerda sente
asco de tal babaquice,
que indefinidamente
sem um sentido, agisse.
Excessos malditos assim
corrompem qualquer pobre ser
que não sabe qual é seu fim.
Reconheci meu controle
nas minhas mãos; no meu poder,
asseguro que se sole.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Ego cego
Lembro que ele me dizia
que tinha razão
sobre todas coisas
e sobre o que é em vão.
Era conhecedor da maioria
e com propriedade
falava sobre outras
coisas, com integridade.
Mas como pode ser íntegro
se está corrompido?
Não pensa livremente
e está um tanto perdido.
De que adianta este logro
no ego por tal razão?
É pífio e decadente,
limitado em sua questão.
De tão inflado, esse ego,
nunca se dava por errado.
Assim sempre achava
que "falou e está falado".
Punha na madeira o prego
para fixar o que dizia.
No fundo, ele inventava,
pois, no fundo, nada sabia.
que tinha razão
sobre todas coisas
e sobre o que é em vão.
Era conhecedor da maioria
e com propriedade
falava sobre outras
coisas, com integridade.
Mas como pode ser íntegro
se está corrompido?
Não pensa livremente
e está um tanto perdido.
De que adianta este logro
no ego por tal razão?
É pífio e decadente,
limitado em sua questão.
De tão inflado, esse ego,
nunca se dava por errado.
Assim sempre achava
que "falou e está falado".
Punha na madeira o prego
para fixar o que dizia.
No fundo, ele inventava,
pois, no fundo, nada sabia.
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