Lembro que ele me dizia
que tinha razão
sobre todas coisas
e sobre o que é em vão.
Era conhecedor da maioria
e com propriedade
falava sobre outras
coisas, com integridade.
Mas como pode ser íntegro
se está corrompido?
Não pensa livremente
e está um tanto perdido.
De que adianta este logro
no ego por tal razão?
É pífio e decadente,
limitado em sua questão.
De tão inflado, esse ego,
nunca se dava por errado.
Assim sempre achava
que "falou e está falado".
Punha na madeira o prego
para fixar o que dizia.
No fundo, ele inventava,
pois, no fundo, nada sabia.
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