A população cresce enquanto passam os anos
e você já não sabe mais quem anda ao lado...
Seria mais um estranho caminhando desavisado
de que solidão parece maior conforme andamos
sozinhos nesse mundo grande e tão atrasado?
Quem seria culpado desta sensação senão nós?
Afinal, com tanta gente diferente no mundo,
pronta para se comunicar, ainda estamos a sós
e mal acompanhados no vazio profundo
de nosso cotidiano imundo e um tanto atroz,
onde um telefone,
outro celular,
um eletrônico
traz mais acalanto
do que um olhar,
o segundo pronome,
ditado sônico,
por uma verdadeira voz.
É... que solidão... que podridão...
Meu irmão, pare de falar com sua mão.
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