segunda-feira, 8 de abril de 2013

Soneto de abolição e libertação

Meu sobrenome não traduz o que sou.
Sua longa história não me diz onde vou.
Meu nome não mostra o que viverei,
não simboliza nem diz por onde passei.

Minha história é minha, eu que criei.
Cada mágoa e cada sina que vivi
e cada alegria viva que experimentei
não são da família em que nasci.

Então vou abolir essa escravidão
e me libertar desse amargo grilhão
que insiste em me prender.

Ninguém, senão eu, me conhece.
Nada dessa servidão me apetece.
Eu não nasci para obedecer.

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