segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sentido: Mistério

Falta ar limpo no que respiro,
sobra poluição, outros detritos
de origem industrial. Eu suspiro:
"Até quando seremos malditos?"

Mas ainda não tenho repostas,
sobram-me perguntas diversas
e de tudo que nos é proposto
fica a fuligem que suja o rosto.

Será a poluição
a nossa eterna maldição?

Será a vida na cidade
banal e sem piedade?

Até quando aguentar
isso será "prosperar"?

Ar condicionado ou ventilador?
Injeção ou o velho carburador?
Notebook ou micro computador?
Urbano torpor ou bucólico furor?

8 horas trabalhadas ou a sua vida?
2 dias de folga ou uma era vivida?
Salas cinzas ou, do céu, outra cor?
Alegria ou uma vida de pura dor?

Tristes realidades em que me inspiro
para escrever coisas que eu piro.
E, diante do que o mundo se tornou,
será que alguém já se perguntou
se está realmente satisfeito?
Ou será que lhe é melhor um leito?

Pode ser da UTI,
do SUS,
do necrotério.

"Pode ser aqui",
supus,
mas fica o mistério...

Nenhum comentário:

Postar um comentário