segunda-feira, 6 de maio de 2013
Poema em crise
Agora parece-me um momento perdido em vão,
pois me falta a tão falada inspiração.
Eu só coloco a caneta no papel
e movimento para sair letras ao léu.
Vai entender esse bloqueio mental
o que penso não surte efeito para tal
atividade de escrever um poema
e se torna uma frustração, um problema.
Recorri aos livros para ter ajuda,
mas tudo virou um "Deus nos acuda!";
minha cabeça entrou em parafuso
e agora estou com medo do desuso.
Afinal, nem lendo aqueles meus caros
amigos poetas, senhores Vinícius e Carlos.
consegui transformar uma ideia em verso;
me sinto defasado, um completo retrocesso
no que gosto de fazer de verdade...
mas que peça safada, que maldade.
Um poeta sem inspiração é um nada;
a poesia fica presa, bem amarrada,
parece um nó apertado na garganta
de uma boca suja e nada santa
que grita, canta, xinga e fala
toda essa porcaria do mundo, essa tralha.
Já tentei de tudo para imaginar
rimas, versos e estrofes para cantar,
mas realmente estou perdido
e um tanto arrependido
de tentar escrever de cabeça quente
algo assim, súbito, de repente.
Mas a caneta continua a se mover
e dessa escuridão continuo a temer
a maldita falta de inspiração,
esse bloqueio mental que me assola, frustração.
Vou parar de tentar essa porcaria,
quem sabe sai algo em outro dia...
--
Escrito em Março de 2011. Achei no meio de uma bagunça de uma gaveta. Já tinha até dado como perdido.
Esse poema relata um período em que eu não conseguia ter ideias (que me agradassem) para escrever, então parti do princípio de que teria que relatar esse momento frustrante pelo qual estava passando para esvaziar a mente.
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