quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Cotidiano humano atual

Acordar cedo,
sempre com medo
de perder o conforto,
não é viver, é fingir
ser vivo quando morto.

Você corre trabalhar
para produzir inutilidades
que vendem facilidades
enquanto criam dificuldades,
até quando vai agüentar?

E o dia vira mês,
mês se torna ano,
e sua esperada vez
ficou debaixo do pano

para alimentar a ilusão
de que a vida é isso:
só mais uma escravidão...
...e se finge um sorriso.

--

Distorci a forma do soneto. Foi proposital.

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