terça-feira, 29 de setembro de 2015

Clareando

Ao longo dessa jornada,
vi nuvem negra sumir,
vi nuvem negra voltar
e, como se fosse punir,
chorava água pelo ar,
deixando a alma lavada
no solo.

Mas, inevitável, clareou
o dia depois da chuva,
depois da noite escura,
acabou-se a visão turva,
e com a sua luz perfura
e penetra, como fecundou,
um solo.

Clareou a pequena vida
que, olhando lá atrás,
me parece tão gigante
mas ainda não satisfaz
os anseios d'um instante
em que tu és tão querida
à mim.

Clara luz de dia e noite
que sempre ilumina
todos ao seu redor,
é incrível como fascina
e faz o mundo melhor
e acaba com o açoite
em mim.

Um problema ocorrerá,
se eu não der um basta,
pois adoro fazer metáfora
com você e a luz vasta,
mas se não acabar por ora
esse poema aqui não terá
um fim...

Mas sua luz...
...É infinita.
É puro amor que reluz
sempre que vista.

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