segunda-feira, 6 de junho de 2016

Da pré-meia-idade

Afirmo que continuo,
ainda me insinuo
um tanto jovem,
como se no início adulto
da fase que passa
da, sem fim, juventude.
Mas meu rio negro
diminui o volume,
e agora ostento portas
de entradas ao salão
ainda sem sabedorias,
também, poderia
eu, avaliado novo
tal carne de açougue,
já um velho peso morto?
Eu, que conheço muito,
ainda há o que me negue
valor no pensamento.
Meu que não é o tempo;
só me resta correr atrás
do futuro à minha frente.
É aí que me faço
soar um canto
de sala secreta
no filme que passo
contracanto.