Subi a montanha
procurando algo
que não sei o que era;
procurando algo
que não sei o que seria;
procurando algo...
II:
Sobre encontrar?
Sim, encontrei algumas coisas
e encontrei um alguém.
Um eu que encontrei só
ali, em pé com ninguém.
Somente rosas
ali em cima vislumbrei.
III:
A montanha estática
assistiu meu movimento.
A montanha inanimada
me sentiu em cada pisada.
A montanha, torre
que rasga o firmamento,
me viu costurá-lo aos pés
do solo em que se equilibra.
IV:
As flores que plantei,
a flora que ali surgiu
não mais precisam de mim,
não precisam mais de ninguém
nem se necessita a montanha,
que já fora condenada à morte
e agora se encontra viva e florida.
V:
A montanha, como ser humano,
pode viver independente;
um auxílio no início da subida
é o mesmo do plantar da semente,
uma ajuda, um esforço inicial
para que possamos andar
com nossas próprias fés
e a montanha florescer
com seu cume, a mil pés.
que já fora condenada à morte
e agora se encontra viva e florida.
V:
A montanha, como ser humano,
pode viver independente;
um auxílio no início da subida
é o mesmo do plantar da semente,
uma ajuda, um esforço inicial
para que possamos andar
com nossas próprias fés
e a montanha florescer
com seu cume, a mil pés.