Me sinto sozinho
como se estivesse
num pesadelo.
Ouço um passarinho
cantando benesses
para quem quer vê-lo
no meio da madrugada
de vontades aladas,
entremeadas no fim
dum holocausto
de mim.
Eu bebo, fumo,
me entorpeço
os pedaços da mente,
mas me é latente
não pereço.
Por isso, embrigado,
escrevo -
meio que abestalhado
me atrevo:
teço essa má poesia
num tecido de afasia.