Anunciado como fim do mundo,
profundo; mar azul escuro
sem furo, sem ar, só mar.
Joga ondas fortes na costa
exposta, ainda não afoga,
se joga; bate e rebate.
Na água o sal espuma;
fuma ao ver a violência,
a eloqüência da maré sem pé.
Não será hoje nem amanhã,
não é vã; para quem sabe,
o dia abre, sem se preocupar,
nada ao mar.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Casual
Impessoal,
quando precisavamos de posição;
onde seria útil a personalidade;
onde tínhamos a necessidade;
quando nos faltava a emoção.
Impessoal...
Apenas animal.
quando precisavamos de posição;
onde seria útil a personalidade;
onde tínhamos a necessidade;
quando nos faltava a emoção.
Impessoal...
Apenas animal.
Violência em tudo que vejo
Ligo a televisão e tudo que vejo é sangue.
É desgraça em tudo que vejo,
e a mídia adora, explora, lucra,
manipula e aí vem o despejo,
passa o tempo, a notícia evapora.
Mas de quem é a culpa dessa violência?
Dizem que ela se gera sozinha;
acontece massacre na favela
nas estradas, semáforos e casas,
depois ninguém lembra dela.
Fico preocupado com o que vou deixar,
pois vale mais uma arma na mão
e um par de tênis Nike no pé
do que um pingo de educação,
não importe onde estiver.
Vamos nivelando por baixo do tapete,
escondendo a sujeira do dia-a-dia,
fazendo de conta que não existe,
mas o jeitinho é a velha mania
e nosso problema persiste.
Que será da próxima geração brasileira?
Será honra tomar o que é dos outros,
como se rouba uma fruta na feira?
Será que esforço é coisa para poucos,
e o resto ficará apenas na espreita?
É desgraça em tudo que vejo,
e a mídia adora, explora, lucra,
manipula e aí vem o despejo,
passa o tempo, a notícia evapora.
Mas de quem é a culpa dessa violência?
Dizem que ela se gera sozinha;
acontece massacre na favela
nas estradas, semáforos e casas,
depois ninguém lembra dela.
Fico preocupado com o que vou deixar,
pois vale mais uma arma na mão
e um par de tênis Nike no pé
do que um pingo de educação,
não importe onde estiver.
Vamos nivelando por baixo do tapete,
escondendo a sujeira do dia-a-dia,
fazendo de conta que não existe,
mas o jeitinho é a velha mania
e nosso problema persiste.
Que será da próxima geração brasileira?
Será honra tomar o que é dos outros,
como se rouba uma fruta na feira?
Será que esforço é coisa para poucos,
e o resto ficará apenas na espreita?
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
20%
20% de humidade no ar e a vontade de anunciar
o Apocalipse, fim dos dias. Mas não será assim,
nem mesmo queria esperar por horrível fim,
Ainda estamos em peixes, e solares feixes.
20% de nada para mim e para você, para todos.
80% desse vazio escuro que não se ilumina,
nem para mostrar a irrelevância de nossos votos
para com essa nossa Terra, pobre menina.
Coitado desse planeta raro que vive discutido
entre meios de idiotas parasitas inúteis
que não tem solução e vivem comedidos.
Essa metazoa vai chegar a falência múltipla
por meio de nossas personalidades fúteis,
sem observar qual gota será a última.
--
Na boa, não era para sair algo assim. Da próxima vez tento algo mais leve. Espero que chova logo.
o Apocalipse, fim dos dias. Mas não será assim,
nem mesmo queria esperar por horrível fim,
Ainda estamos em peixes, e solares feixes.
20% de nada para mim e para você, para todos.
80% desse vazio escuro que não se ilumina,
nem para mostrar a irrelevância de nossos votos
para com essa nossa Terra, pobre menina.
Coitado desse planeta raro que vive discutido
entre meios de idiotas parasitas inúteis
que não tem solução e vivem comedidos.
Essa metazoa vai chegar a falência múltipla
por meio de nossas personalidades fúteis,
sem observar qual gota será a última.
--
Na boa, não era para sair algo assim. Da próxima vez tento algo mais leve. Espero que chova logo.
domingo, 22 de agosto de 2010
Depois de algumas doses...
Me senti um tanto cosmopolita
e um tanto inspirado como Vinicius;
aproveitando cada detalhe da vista
e bebendo, o que não é um sacrifício.
Mas ao invés de passar a tarde em Itapuã,
estou comendo em Rosslyn, perto da capela;
até abri o guia, não sei onde vou amanhã,
mas será "por aí", na companhia dela.
Volto à Edimburgo meio embriagado
pensando já em clãs e seus tartans...
como me aconselhou, tenho aproveitado.
Sem ser em Itapuã acho novas tardes
e como outros lugares, guardo memórias
quando eu voltar à terra das felicidades.
e um tanto inspirado como Vinicius;
aproveitando cada detalhe da vista
e bebendo, o que não é um sacrifício.
Mas ao invés de passar a tarde em Itapuã,
estou comendo em Rosslyn, perto da capela;
até abri o guia, não sei onde vou amanhã,
mas será "por aí", na companhia dela.
Volto à Edimburgo meio embriagado
pensando já em clãs e seus tartans...
como me aconselhou, tenho aproveitado.
Sem ser em Itapuã acho novas tardes
e como outros lugares, guardo memórias
quando eu voltar à terra das felicidades.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Vital
Animal fatal,
tal qual
metal;
punhal letal.
Mal abismal,
brutal.
Viral!
Desleal.
Infernal banal, cal.
Sinal primordial;
sal umbral.
Fetal...
...rural, virginal.
Celestial fenomenal
diferencial;
local memorial.
Leal, divinal.
Imortal!
tal qual
metal;
punhal letal.
Mal abismal,
brutal.
Viral!
Desleal.
Infernal banal, cal.
Sinal primordial;
sal umbral.
Fetal...
...rural, virginal.
Celestial fenomenal
diferencial;
local memorial.
Leal, divinal.
Imortal!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
No more self-harm
While drinking, you speak to me
of failed relationships
and how brave you stand.
And while getting boozed, I see
that you need some sleep;
I try not to offend.
But you say about self-harm,
making cuts in your arm,
nailing yourself to feel
pain and smell the dew
I really don't support it;
maybe you should quit,
after all your altruism
you just wanna feel a spasm
Boy, I won't judge you,
but that's the easy way out;
maybe you'll regret it,
'Cause life has it's own curfew
and you can spend it without
this pain. Just forget it.
You waste now some precious time
and then tomorrow you're gone...
and of all things, what have you done
besides some bruises and mistime?
What about starting to care
more on what you can do apart?
To hurt your flesh isn't fair
with the effort of your art.
You've told me that depression
inspires you to paint
and gives you a true feeling.
But I disagree, without misconception,
happiness in life can't
be silliness, is too inspiring.
So please, give yourself a try;
you're even allowed to cry.
As a human being, you have emotions,
don't control them, just your motions.
As a son of something bigger,
you can be a lot better.
Have some peace in your heart,
make someone happy with your art.
of failed relationships
and how brave you stand.
And while getting boozed, I see
that you need some sleep;
I try not to offend.
But you say about self-harm,
making cuts in your arm,
nailing yourself to feel
pain and smell the dew
I really don't support it;
maybe you should quit,
after all your altruism
you just wanna feel a spasm
Boy, I won't judge you,
but that's the easy way out;
maybe you'll regret it,
'Cause life has it's own curfew
and you can spend it without
this pain. Just forget it.
You waste now some precious time
and then tomorrow you're gone...
and of all things, what have you done
besides some bruises and mistime?
What about starting to care
more on what you can do apart?
To hurt your flesh isn't fair
with the effort of your art.
You've told me that depression
inspires you to paint
and gives you a true feeling.
But I disagree, without misconception,
happiness in life can't
be silliness, is too inspiring.
So please, give yourself a try;
you're even allowed to cry.
As a human being, you have emotions,
don't control them, just your motions.
As a son of something bigger,
you can be a lot better.
Have some peace in your heart,
make someone happy with your art.
Assinar:
Postagens (Atom)