sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dilema resolvido

Não crio dilemas,
eles já existem,
implicitamente.
Sei exatamente
que eles vivem
para os problemas,

e faço minha parte,
decido minhas ações
sem sequer comunicar
a quem interessar,
pois as emoções
são doces disparates.

Então quando pensa
que a mágoa é só sua,
tem toda razão.
Só que o perdão,
que passa pela rua,
é meu em presença.

Minha decisão é única:
não quero ver mais
nenhuma dessas pessoas.
Enquanto você voa
com o bando é demais,
mas o voo solo os machuca.

E quem amo se importa
com quem me fere,
se quer assim, paciência,
não quero essa penitência.
De mim não espere
nenhuma palavra torta.

Não estimo quem odeia
a pessoa que mais amo.
Meu dilema acabou.
Assim com eles ficou
o desprezo. E chamo
comigo quem e mim creia.

Se nem a pessoa que amo
levar isso em consideração,
alguém há de levar,
e se eu não achar
outra que leia meu coração,
irei só, em paz comigo mesmo.

--

O que realmente me importa nessa vida é estar em paz comigo mesmo, pois sei que só eu posso entender o que se passa comigo. Amores vêm e vão, amizades vêm e vão, familiares vêm e vão, mas eu nunca poderei escapar de mim.

Isso vale para qualquer pessoa.

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