Sentado,
esperando o tempo passar,
percebo que mais uma vez
me deixo levar
aonde só o ócio
consegue me arrastar,
aonde mora o ódio.
Qualquer coisa que sinto
traz a sensação de ser
apunhalado pelas costas
e dos infernos o quinto
me deixa esquecer
e não me dá respostas.
Eu não quero mais nada.
Apenas me isolar
por sei lá quanto tempo;
não quero pessoas nem ar,
nem histórias contadas.
Só meu ódio contemplo.
Não farei mais sala,
nem serei cordial.
Não serei amigo,
muito menos inimigo.
Serei só eu, e mais ninguém
poderá me roubar a fala.
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