Me reconhecer fraco
é ver-me, num abraço,
ocupar um espaço
e saber que, de fato,
é ali que pertenço.
Poderão me criticar,
mas quando soltas,
tais palavras no ar
ficam sem escoltas
do vento a soprar.
É assim que somos frágeis,
como frases numa ventania
se desmontando à revelia
da força que nos faz amáveis.
Frágeis seremos ao que é real,
pois nada aqui se conserva,
tudo muda e, se não observa,
sentirá dor até no que é natural.
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