Morre um poeta.
Morre um asceta
da música brasileira,
e não de outra maneira
mas vítima da pandemia,
aqui tanto propagada
pela visível ignorância
dessa doida manada.
Certeza que, vivo,
diria ao ouvir o silvo
de um companheiro
compositor maneiro
algo de pura sagacidade,
com metáforas lindas,
à seja lá quem for
(não importa a flor da idade)
que teria suas letras lidas.
Adeus poeta das visões
desse país maluco.
Adeus homem das anistias
em meio ao sufoco.
Que à Deus você chegue,
digo, mesmo não sendo crente
que hoje tenha algo acima
de um poema seu.
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