Seis dias por semana,
dez horas de jornada,
um dólar e 50 centavos,
por dia.
Assim se vivia em 1884
na cidade de Chicago.
Se estivesse desse lado,
o que você faria?
Aceitaria calado
e nunca pararia?
Até quando o corpo aguentaria?
Até quando a família suportaria?
A união se fez necessária
e em primeiro de maio
começou a movimentação
e a marcha de trabalhadores.
Por mais de três dias
percorreu o páreo
reunindo meio milhão
ou mais desses obradores.
No terceiro dia houve repressão,
a força econômica
matou grevistas.
No quarto dia
o que seria
marcha pacífica
se tornou vingança.
A força econômica
matou trabalhadores,
sim no plural,
e morreu apenas
um policial.
Condenaram na injustiça
sete nomes anarquistas,
sem qualquer prova
de crime, de bomba,
sem qualquer motivo de sobra.
Exemplos escolhidos,
julgados e condenados
à execução pela forca,
no entanto, perdoados
mesmo sendo executados
pela injustiça da força.
Nunca um culpado
foi sequer encontrado.
Essa é a história
desse feriado,
é mais que um dia sagrado,
é demonstração
de conquista com sangue,
sem nunca perder esperança.
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