Eu sinto tédio.
É um tédio que assola o dia,
cansando o Sol que se põe
porque cansou de iluminar
essa parte em que estou
e foi dar luz a outro lugar.
Não tem remédio
para saber se tudo isso valia
ou não a pena, ele depõe
por estar cansado disso
tudo e ver tanto descaso
desse povo submisso.
Andando no prédio,
ela percebe que talvez faria
sentido o que ele propõe;
seria uma vida sossegada,
poder sair da cidade grande
e viverem juntos em Pasárgada.
Seria rotina um mal?
Eu não vejo mal na rotina,
vejo mal no que não gosto.
Essa monotonia sem sal?
Não, a rotina que me engana
e na cadeira me recosto.
Por mais que faça algo novo,
o novo vira velho e rotineiro,
e a vida é assim, um vespeiro
velho que eu por fim renovo.
Seria a vida feita de novas
emoções velhas
e as emoções velhas
de vidas renovadas?
Tédio e rotina, que besteira.
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