Eu erro. E quando erro, me desespero.
Meu desespero é parte desse enterro.
Meu erro é acreditar no que é efêmero
enquanto espero viver sem meu erro.
Este aferro emotivo é o que mais quero,
é meu mísero desejo. Sólido como ferro.
Então emperro, gosto do sofrer, é fero,
mas sincero, então por aqui eu encerro.
Uma observação: quanto mais machuco,
mais me sinto machucado. Meio maluco,
mas é como funciona esse meu coração.
Conheço o perdão. Perdôo até a morte,
não guardo o ódio, mas sofro sem sorte.
Não entendo a minha maldita depressão.
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