Meu corpo no teu
chove, tu me absorve,
sabe que sou seu.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Penso em você quando chove
São 14:30... faltam duas horas. 14:30 e o céu está escuro, nessa cidade com incidência de raios ímpar, uma das maiores no estado, Sanca City, Sanca, São Caetano, São Caetano do Sul. Já estou vendo todo o filme, ele repassa na minha mente como já passou tantas outras vezes na vida real. O brilho fora da janela, e alguns minutos depois, o bairro inteiro sem luz, e o trabalho acaba por ser interrompido. Esqueci em casa o livro que estou lendo, e quando a luz acabar, tudo cessará. E quando as luzes acabarem, o que será de mim? O que será de você? O que será de nós? Eu sei as respostas. Sei porque é você quem apaga as luzes quando está à minha direita, sou eu quem apaga quando trocamos de lado. E sei o que será, pois onde você estiver, onde eu sentir sua pele, sentir seu toque, quando eu ouvir sua voz, ou apenas sentir a sua presença, será meu lugar nesse mundo, meu canto, onde ninguém além de você pode invadir. Os raios vão apagar a cidade, a chuva inundará onde for possível e vai lavar a alma, mas nunca vai levar sua presença na correnteza dos rios que deixam essa pequena São Caetano do Sul ilhada do resto do mundo. Essa minha ilha, ilha da minha vida só é meu lar porque moro aqui, mas junto de você qualquer lugar é uma ilha, nossa ilha, numa gostosa chuva de verão.
Já vi que os raios estão ficando mais fortes, e logo mais estarei na escuridão de Sanca City, e enquanto chover, ficarei aqui, pensando em você.
;)
Já vi que os raios estão ficando mais fortes, e logo mais estarei na escuridão de Sanca City, e enquanto chover, ficarei aqui, pensando em você.
;)
O tempo passa
Deixa o tempo passar
os segundos marcados
por sessenta intervalos
num compasso,
o minuto.
O ponteiro,
certeiro, que passa em sessenta vezes
criando um minuto de passado;
de minutos cria-se horas
passadas, de horas cria-se
dias passados e segue
por semanas,
meses, anos, eras.
O tempo ensina passando
e a evolução,
queira ou não,
está sempre nos mudando.
Fica apenas o zeitgeist,
esse perdura enquanto
houver lembrança e nela
houver um certo encanto.
O tempo passa,
o zeitgeist é passado,
o passado é memória
que é besta ou notória
em formar uma história
que pode ou não
ter marcado
o tempo passado.
Deixa o tempo passar...
os segundos marcados
por sessenta intervalos
num compasso,
o minuto.
O ponteiro,
certeiro, que passa em sessenta vezes
criando um minuto de passado;
de minutos cria-se horas
passadas, de horas cria-se
dias passados e segue
por semanas,
meses, anos, eras.
O tempo ensina passando
e a evolução,
queira ou não,
está sempre nos mudando.
Fica apenas o zeitgeist,
esse perdura enquanto
houver lembrança e nela
houver um certo encanto.
O tempo passa,
o zeitgeist é passado,
o passado é memória
que é besta ou notória
em formar uma história
que pode ou não
ter marcado
o tempo passado.
Deixa o tempo passar...
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Coven
O congresso de bruxas cresceu
e seus fanáticos se dividiram,
às treze vagas se excederam
e o grupo em parte dissolveu,
perdeu as carnes de sacrifício
pois foram embora sem os mantos,
não deixaram sequer resquício
e absorveram todos os encantos.
A dissidência que renunciou
agora é caçada pelas malditas
purulentas, vadias e fedidas,
pois do pacto do mal se livrou
trazendo grande falta no altar
onde os rituais de ódio geram
mortes e do sangue se embebedam;
poucos conseguem se salvar.
As transformações são decrépitas,
da juventude ao corpo da cripta,
verrugas e uma precoce velhice,
das bocas saem diversas sandices,
mas quando desejam algo no mal,
elaboram mais um sangrento ritual,
percorrem florestas e cidades,
as vítimas correm mas já é tarde.
Sejam lá o que forem, velhas pagãs,
ou mulheres amantes de Satan.
Não se mede esforço para eliminar
o que acha que está a atrapalhar.
Os objetivos desse grupo vil
ao planejar adotiva Saturnália,
como fachada para abrir seu covil,
é absorver os bons em represália.
O bode de Mendes assiste à procissão
feita em homenagem à sua presença,
mas será isso uma certa desavença?
Pois sobre Baphomet não há revelação,
ninguém sabe ao certo o que ele é
nem qual o seu propósito místico,
só se sabe que é um ser metafísico,
nem se sabe se responde à uma fé.
Seres pútridos de pura maldade
transtornados e cheios de falsidade
um dia terão a sua vez.
Será fatal.
O juízo final?
Talvez...
e seus fanáticos se dividiram,
às treze vagas se excederam
e o grupo em parte dissolveu,
perdeu as carnes de sacrifício
pois foram embora sem os mantos,
não deixaram sequer resquício
e absorveram todos os encantos.
A dissidência que renunciou
agora é caçada pelas malditas
purulentas, vadias e fedidas,
pois do pacto do mal se livrou
trazendo grande falta no altar
onde os rituais de ódio geram
mortes e do sangue se embebedam;
poucos conseguem se salvar.
As transformações são decrépitas,
da juventude ao corpo da cripta,
verrugas e uma precoce velhice,
das bocas saem diversas sandices,
mas quando desejam algo no mal,
elaboram mais um sangrento ritual,
percorrem florestas e cidades,
as vítimas correm mas já é tarde.
Sejam lá o que forem, velhas pagãs,
ou mulheres amantes de Satan.
Não se mede esforço para eliminar
o que acha que está a atrapalhar.
Os objetivos desse grupo vil
ao planejar adotiva Saturnália,
como fachada para abrir seu covil,
é absorver os bons em represália.
O bode de Mendes assiste à procissão
feita em homenagem à sua presença,
mas será isso uma certa desavença?
Pois sobre Baphomet não há revelação,
ninguém sabe ao certo o que ele é
nem qual o seu propósito místico,
só se sabe que é um ser metafísico,
nem se sabe se responde à uma fé.
Seres pútridos de pura maldade
transtornados e cheios de falsidade
um dia terão a sua vez.
Será fatal.
O juízo final?
Talvez...
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Infante
Trabalha como um condenado
pegando pesado,
ou simplesmente
é colocado na linha de frente.
Só sabe que é um peão,
um soldado
nessa brincadeira de criança
sem comandante.
Brincadeira ou realidade,
mata a vontade;
o tempo passa
e logo não é mais criança,
mas sim adulto; num instante
o tempo voa, mas segue adiante,
seu coração ainda é infante.
Conhece a menina que te encanta,
tanto que até espanta,
e mesmo não sendo filho de rei
destinado ao reinado,
é infante num coração apaixonado,
criança num mundo sem lei
para o amor destinado.
Peão trabalhador ou não,
soldado de papel
ou herdeiro de nada,
descarte a senil razão.
Se permita saborear um mel
junto de sua amada
nessa infantil paixão.
pegando pesado,
ou simplesmente
é colocado na linha de frente.
Só sabe que é um peão,
um soldado
nessa brincadeira de criança
sem comandante.
Brincadeira ou realidade,
mata a vontade;
o tempo passa
e logo não é mais criança,
mas sim adulto; num instante
o tempo voa, mas segue adiante,
seu coração ainda é infante.
Conhece a menina que te encanta,
tanto que até espanta,
e mesmo não sendo filho de rei
destinado ao reinado,
é infante num coração apaixonado,
criança num mundo sem lei
para o amor destinado.
Peão trabalhador ou não,
soldado de papel
ou herdeiro de nada,
descarte a senil razão.
Se permita saborear um mel
junto de sua amada
nessa infantil paixão.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Fina linha
Sugerem algo que talvez cure
e as mazelas lhe abandonam
por aversão ao remédio,
mas certas seqüelas, deixam
no corpo, como um tédio.
Espera que a notícia fure;
as doenças foram, mas a dor,
essa ficou, para lembrar
de um doentio amargor
que vem para assolar.
Mas não tem problema insolúvel
as vezes é melhor largar
o que não faz bem;
deixar esse nó se desatar
e cicatrizar, além
do que já foi, e não é impossível,
agora que as facetas são
jogadas ao vento,
pois são, e aqui e ali estão
ao ar livre, de um contento.
Todos querem, assim, deliberar,
nem ao menos levando
em conta que a fina linha
no horizonte pode ter acima o ar
e abaixo a água ondulando,
afogando qualquer criancinha
que não sabe onde "dá pé".
É tão simples; é o que é.
e as mazelas lhe abandonam
por aversão ao remédio,
mas certas seqüelas, deixam
no corpo, como um tédio.
Espera que a notícia fure;
as doenças foram, mas a dor,
essa ficou, para lembrar
de um doentio amargor
que vem para assolar.
Mas não tem problema insolúvel
as vezes é melhor largar
o que não faz bem;
deixar esse nó se desatar
e cicatrizar, além
do que já foi, e não é impossível,
agora que as facetas são
jogadas ao vento,
pois são, e aqui e ali estão
ao ar livre, de um contento.
Todos querem, assim, deliberar,
nem ao menos levando
em conta que a fina linha
no horizonte pode ter acima o ar
e abaixo a água ondulando,
afogando qualquer criancinha
que não sabe onde "dá pé".
É tão simples; é o que é.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Aquele beijo eu tive que roubar...
Aquele beijo eu tive que roubar,
não pude mais esperar,
nem tive como me segurar.
O perigo estava há meses iminente.
Era sim muito urgente,
pois só assim obtive vida novamente.
Eu não podia viver sem meu coração,
há anos agarrou-o com sua mão,
então de seu beijo fui ladrão.
Nem sequer pedi sua permissão,
pois você roubou do meu peito sem perdão.
Continuo te roubando a qualquer momento,
pois você é minha ladra ao seu contento,
então por mais de mil poemas eu invento
situações para beijar sua boca, eu tento.
não pude mais esperar,
nem tive como me segurar.
O perigo estava há meses iminente.
Era sim muito urgente,
pois só assim obtive vida novamente.
Eu não podia viver sem meu coração,
há anos agarrou-o com sua mão,
então de seu beijo fui ladrão.
Nem sequer pedi sua permissão,
pois você roubou do meu peito sem perdão.
Continuo te roubando a qualquer momento,
pois você é minha ladra ao seu contento,
então por mais de mil poemas eu invento
situações para beijar sua boca, eu tento.
Finders, Keepers
Seemed to be left by no-one
and somehow by everyone.
Us two there, left alone,
the others, by now, were gone...
I'm fed up with this. I'm done.
I need to ask:
What to do when you find
it there simply unowned?
Will you choose to be blind
and keep feeling abandoned?
This is not a task,
this is all we wanted to have,
we yearned for it for a long time...
We can sing the old rhyme
"Finders, keepers;
Losers, weepers!"
Since we've found love,
they say that "Love is a crime".
Disagreeing, I say "that's not true".
We both stole each other's hearts
and for this are guilty as charged?
Let's make haste before a trial starts,
let's run away from the stupid judge,
repeating:
"Finders, keepers;
Losers, weepers!"
Singing,
gladly not to the tune of "Jeepers Creepers".
--
Agradeço à Kate McGeachie pela revisão.
Thank you! :)
and somehow by everyone.
Us two there, left alone,
the others, by now, were gone...
I'm fed up with this. I'm done.
I need to ask:
What to do when you find
it there simply unowned?
Will you choose to be blind
and keep feeling abandoned?
This is not a task,
this is all we wanted to have,
we yearned for it for a long time...
We can sing the old rhyme
"Finders, keepers;
Losers, weepers!"
Since we've found love,
they say that "Love is a crime".
Disagreeing, I say "that's not true".
We both stole each other's hearts
and for this are guilty as charged?
Let's make haste before a trial starts,
let's run away from the stupid judge,
repeating:
"Finders, keepers;
Losers, weepers!"
Singing,
gladly not to the tune of "Jeepers Creepers".
--
Agradeço à Kate McGeachie pela revisão.
Thank you! :)
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