São 14:30... faltam duas horas. 14:30 e o céu está escuro, nessa cidade com incidência de raios ímpar, uma das maiores no estado, Sanca City, Sanca, São Caetano, São Caetano do Sul. Já estou vendo todo o filme, ele repassa na minha mente como já passou tantas outras vezes na vida real. O brilho fora da janela, e alguns minutos depois, o bairro inteiro sem luz, e o trabalho acaba por ser interrompido. Esqueci em casa o livro que estou lendo, e quando a luz acabar, tudo cessará. E quando as luzes acabarem, o que será de mim? O que será de você? O que será de nós? Eu sei as respostas. Sei porque é você quem apaga as luzes quando está à minha direita, sou eu quem apaga quando trocamos de lado. E sei o que será, pois onde você estiver, onde eu sentir sua pele, sentir seu toque, quando eu ouvir sua voz, ou apenas sentir a sua presença, será meu lugar nesse mundo, meu canto, onde ninguém além de você pode invadir. Os raios vão apagar a cidade, a chuva inundará onde for possível e vai lavar a alma, mas nunca vai levar sua presença na correnteza dos rios que deixam essa pequena São Caetano do Sul ilhada do resto do mundo. Essa minha ilha, ilha da minha vida só é meu lar porque moro aqui, mas junto de você qualquer lugar é uma ilha, nossa ilha, numa gostosa chuva de verão.
Já vi que os raios estão ficando mais fortes, e logo mais estarei na escuridão de Sanca City, e enquanto chover, ficarei aqui, pensando em você.
;)
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