terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fina linha

Sugerem algo que talvez cure
e as mazelas lhe abandonam
por aversão ao remédio,
mas certas seqüelas, deixam
no corpo, como um tédio.

Espera que a notícia fure;
as doenças foram, mas a dor,
essa ficou, para lembrar
de um doentio amargor
que vem para assolar.

Mas não tem problema insolúvel
as vezes é melhor largar
o que não faz bem;
deixar esse nó se desatar
e cicatrizar, além

do que já foi, e não é impossível,
agora que as facetas são
jogadas ao vento,
pois são, e aqui e ali estão
ao ar livre, de um contento.

Todos querem, assim, deliberar,
nem ao menos levando
em conta que a fina linha
no horizonte pode ter acima o ar
e abaixo a água ondulando,
afogando qualquer criancinha
que não sabe onde "dá pé".
É tão simples; é o que é.

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