Trabalha como um condenado
pegando pesado,
ou simplesmente
é colocado na linha de frente.
Só sabe que é um peão,
um soldado
nessa brincadeira de criança
sem comandante.
Brincadeira ou realidade,
mata a vontade;
o tempo passa
e logo não é mais criança,
mas sim adulto; num instante
o tempo voa, mas segue adiante,
seu coração ainda é infante.
Conhece a menina que te encanta,
tanto que até espanta,
e mesmo não sendo filho de rei
destinado ao reinado,
é infante num coração apaixonado,
criança num mundo sem lei
para o amor destinado.
Peão trabalhador ou não,
soldado de papel
ou herdeiro de nada,
descarte a senil razão.
Se permita saborear um mel
junto de sua amada
nessa infantil paixão.
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