sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Síndrome de Estocolmo

Quanto mais liberdade tenho
mais preso quero estar
numa situação sem ar,
cujo fim derradeiro é ferrenho.

Sufocado por mim mesmo,
apegado ao sofrimento,
achando um contento
no que machuca a esmo,

quero me libertar do conforto
que, falso, me habitua
num estado de alma nua,
onde a dor, que deprime, exorto.

Sair disso só cabe a mim;
me entender, seguir
em frente e assistir,
então, do cárcere o fim.

Me libertar
é um desafio a enfrentar.

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