quinta-feira, 7 de abril de 2016

Chiaroscuro...

...que se mistura
em luz e sombra
que vejo na pele,

um naco, pedaço
de carne que traço
à letras, se revele!

Que cada letra
seja como seta
direta ao corpo,

que fira a folha,
furada sem escolha,
um corpo torto...

...na luz de toda vida
e sombra das feridas,
que aqui lamberei

para, em noites de lua,
cicatrizar memória sua,
cuja marca nunca esquecerei...

...em noites assim, chiaroscuras.