Antigamente, inspiração
me era tão necessária
como abrigo a um pária
ou, ao faminto, um pão.
Hoje, o ato é necessário;
letras soltas são escritas,
sequer importa horário,
apenas a ideia expressa,
crua ou até em metáfora;
uma ideia que traz visco.
Se fico sem escrever,
não vivo. É diário risco.