segunda-feira, 4 de julho de 2016

Prosa Imagética

Os olhares proseiam,
antes mesmo das vozes,
uma prosa daquelas
de uma tarde na varanda,
bebendo chá;
numa cadeira que balança,
nessa prosa que se mistura
de risos a sorrisos
com bocas de poemas
que sorvem liso
líquido das xícaras
e fazem do paladar
algo um tanto singular,
tal o sabor da palavra
perdida na língua
e calada na garganta,
mas sonora no toque
de um pensamento
que os olhares proseiam.