segunda-feira, 25 de julho de 2016

Fim de recesso

Findo o período sabático
com o raiar do dia,
ao acordar para cuspir
o sono que era estático
e agora se torna um tormento
perante ao corrido tempo.
No sétimo dia, descansou
aquele que alguém diria
ter nos criado, talvez para rir
em sua vida tediosa;
no décimo-quarto, acordei
para justificar o trabalho
do escritor desse roteiro
de divina comédia humana,
onde muitos sabem de tudo
sobre esse grande nada.
Acabou meu recesso,
mas, enquanto estou aqui,
uma fictícia divindade,
lá em cima, se mija a rir,
dessa graça sem-graça
dos nossos excessos,